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sábado, 15 de janeiro de 2011

Cobertura em enchentes

As vítimas de enchentes e soterramentos de casas dão entrevistas, ao sobreviver a catástrofes, um dos assuntos prediletos da mídia. A bem dizer alarmantes e aterradoras, as coberturas jamais tranquilizam, causando ainda maior pânico e terror. Munidos de carros, geradores, antenas e até helicópteros jornalistas não ajudam as pessoas: fazem o seu papel literal de bater o bumbo, apenas, como abutres, procurando uma carniça para se alimentar e publicar. Deprimente. É fundamental que o trabalho de cobrir estes eventos seja providencial e coloque no ar o que realmente interessa ao público, sem textos piegas e terroristas. Que a mídia evolua neste método de mostrar as calamidades com mais decencia, inclusive, fazendo ver que áreas importantes não foram afetadas, com clareza e não de forma nebulosa, usando closes sem contexto e amedrontador.
Por outro lado, trazer especialistas e puxar a orelha das autoridades e governantes servem de estímulo ao contribuinte cobrar com mais força.
Esperamos que imprensa ajude mais do que jogue lenha na fogueira, disseminando o medo, o pânico e até informações equivocantes.

sábado, 8 de janeiro de 2011

A mais nova pupila de Elliot Carver

Eliiot Carver, personagem do filme O Amanhã Nunca Morre tem uma aluna quase exemplar. Digo "quase" porque foi presa no Paraná por obter "novidades frescas demais"!
Trecho da reportagem em Repórter de TV é presa por acusação de envolvimento em tráfico no Paraná:

           "Uma operação da Polícia Civil do Paraná prendeu 17 pessoas durante esta última quinta-feira em Campo Mourão, interior do estado, sob acusação de integrarem uma quadrilha de tráfico de drogas e roubo na cidade. Uma jornalista está entre os detidos: Maritânia Forlin (foto), de 28 anos, é suspeita de fornecer informações sobre ações dos policiais para os traficantes. Ele trabalhava na "Rede Independência de Comunicação" (RIC), afiliada da "Rede Record" no Paraná."


A acusada fomentava notícias e as divulgava em primeira mão, com antecedência suspeita.

No afã de informar, o fofoqueiro quer chegar antes e promover o ineditismo; é a fome pela exclusividade - efêmera -; é o chamado furo de reportagem.
Claro que se trata de uma profissional de péssima qualidade, mas cabe a pergunta: a emissora e/ou colegas nunca desconfiaram da sua performance? Esperou-se que a polícia civil fizesse todo o trabalho? É papel da polícia descobrir, mas quem é esse editor que nunca desconfiou de nada? Onde está o jornalismo investigativo que não faz suspeições? A emissora não quis comentar o caso.
Mais uma vez se faz necessária a regulamentação. Sem um código de ética e de conduta profissional, ficamos a mercê destes elementos que invadem o espaço público. Liberdade de expressão tem limite.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O debate da droga e a droga do debate

A Resposta da Califórnia

O Estadão.com.br/internacional publicou:
Mario Vargas Llosa
 
Os eleitores do Estado da Califórnia rejeitaram na terça-feira a legalização do cultivo e do consumo da maconha por 53% dos votos a 47%, uma decisão que considero muito equivocada.
Continua >
O caso do plebiscito e do debate está sendo claramente manipulado. Aos capitalista e autoridades corruptas interessa a criminalização, uma vez que é porta para a correnteza de dinheiro sujo e expoliação dos contribuintes.
Sob o jugo do falso moralismo é produzida uma eficiente cortina de fumaça que esconde os dados e os fatos comprobatórios que inferem no sentido da medida sensata. A população, conservadora, não discute e engole os clichês com facilidade.

A resposta para isso está na sala de aula e nas atividades extra-classe em âmbito educacional. Os jovens esclarecidos, ao estudar o tema como merece, longe dos holofotes e das mariposas, entenderão o futuro de forma mais clara e serão os eleitores mais conscientes, tratando o assunto como merece: questão de saúde pública e justiça social.

As Mariposas

Fototropismo é um fenômeno característico de várias espécies de insetos, em particular, mariposas. Aladas, mas seus voos são desconcertados e de destino incerto. Assim como na mídia.
O assunto-filigrana do dia é a renovação absolutamente legal dos passaportes dos filhos do Lula, conferindo-lhes imunidade diplomática.
Se é de bom tom ou não que o Itamarati o tenha feito, não se discute, visto que a legalidade é bandeira da mídia da boca para fora. Obrigados e "comprometidos" com a verdade e constatação dos fatos só podem mesmo é bater bumbo e dar tom de arrogância à medida do respeitado poder da autoridade diplomática.
Considerado irrelevante o tema no entanto é centelha para este blog uma vez que confirma mais uma vez que as mariposas se deixam levar por luzes minimamente mal escolhidas. A aparente falta de critério para se por em pauta tal desimportancia está na velada perseguição ao PT na pessoa de Lula, o que nos faz inferir que o comportamento dos canais midiáticos estarão com as baionetas voltadas para o ex-presidente, descansando merecidamente com os seus. É o modo que os editores tem de tornar uma notícia boa em notícia ruim.
Renovação de passaporte torna-se novidade e alguns passaportes agora tem bateria para acender no escuro.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A obrigação da mídia

O termo encurralado é indesejável e de mau som (ou mal tom). Eu admito. No entanto, é o melhor para expressar a notícia que eu estava esperando. A mídia está encuralada, e o conteúdo é mais importante que a forma. Quero ver distorcer. Se o fizerem, vou me manifestar.
O ministro da justiça, Jose Eduardo Cardozo põe na pauta do ano: descriminalização do uso de drogas. É para pensar e debater - por enquanto. Não se deixe levar pelo imediatismo inato da mídia.
Confira em:
Descriminalização no uso da droga?

Dia de Reis e de Rainhas

Reis estão associados a reinos, assim como rainhas. E estas, além disso, a conspirações. O reino pode ou não estar ameaçado, portanto.
Não quero conspirar contra o reino, mas contra as rainhas. Os impérios midiáticos a exemplo de Elliot Carver(*), um mega barão das comunicações, somente é possível com a corrupção do Estado e da própria mídia e aquiescência dos expectadores.
No Brasil, não temos a dimensão de Elliot Carver, mas há um conglomerado de personalidades que concentram poderes sobre as ondas eletromagnéticas e o papel que imprimem. Famílias a quem lhes foi concedido o direito de explorar e abusar, criando verdadeiros impérios midiáticos, com herança e tudo mais.
Até quando? Quando os leitores, expectadores e ouvintes vão sair deste ciclo vicioso e por em questão fundamentos constitucionais? E você, já fez a sua ilação hoje?
(*) Elliot Carver - personagem do filme O Amanhã Nunca Morre

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Planeta Midiático - Democracia da Expressão

Saudações!
Nem tudo está perdido! A um tempo um termo que expressa ânimo e otimismo, mas com um forte fundamento, baseado em teorias derrotistas ou, no mínimo, realistas.
Este blog é uma tentativa real - e não tão ótima - com o intuito de apregoar e evangelizar quem já deve estar em condições de ler entrelinhas.
Perdidos no meio de um palheiro incomensurável de informações e redes, subredes e emaranhados de futilidades, os textos vindouros tem uma pretensão da travessia improvável em varar fronteiras invisíveis. Quem sabe?
Na tentativa de me salvar das minhas obceções caio na impulso do atrevimento e publico através da mídia, com que reluto há anos, e que acredito estar a serviço das elites. (Talvez nem tanto).
Esperanças à parte, vou receber meus leitores, interessados e simpatizantes com vaidade e afeto, pois quero crer que a Memória é mais importante que o Amor...
Fiat lux! E que comecem os jogos!